terça-feira, 1 de abril de 2008

Que Deus invente outro.......................



Estava cansada naquela manhã. Um cansaço que não se explica, ou se explica sim ? Corpo que repousou a noite inteira, sol leve e fraco da manhã que entrava pelos vidrais e acariciava o seu rosto. Seria um belo momento esse, não seria ? Para uma alma fadigada pelo cotidiano, aquilo era mais um incômodo do que uma bela manhã.
Helena pedia a Deus a inventar um outro meio para lapidar os seus bonequinhos criados a partir do barro.Ela pedia sim, esperava ter algo maior do que ela, pois não lhe agradava a idéia de que respeitou os outros, gastou tempo se aprimorando e se cuidando para no final virar um saco de adubo. Não seria revoltante demais isso ? Pois se não fosse esse algo maior que ela esperava, em cada ataque de fúria dela, ela já teria se gladiado com vários “leões sem causas” do Coliseu do seu ambiente.
Pois agora ela procurava uma solução para sair do sistema já descoberto. Talvez a dor e falta de piedade para com ela seria uma saída. Sim, senhores. Eles queriam mais perfeição, algo sem defeitos e perfeito 24 hrs por dia. Ela tentaria sim, e o resto da perfeição que não conseguir ela ocultaria ou mentiria, se eles sabem cobrar ela também saberia dar o que era realmente devido. Pois a melhor vingança é fazer o outro de tolo achando que você realmente está na dele, mas realmente está “papagaiando” o ridículo dele.